terça-feira, 14 de outubro de 2008

Dia Mundial da Bengala Branca

Amanhã, dia 15 de Outubro, assinala-se o Dia Mundial da Bengala Branca.
O uso da bengala pelos cegos, virá de tempos imemoriais, desde que o primeiro homem foi atingido pela terrível doença. Não a bengala como hoje a conhecemos, mas um qualquer objecto semelhante que ajudasse a "tactear" o chão a detectar os obstáculos.
Terá sido em 1921, nos Estados Unidos, que pela primeira vez um cego pintou a bengala de branco, no propósito de mais facilmente ser visto pelos outros. Parece que a ideia não teve, inicialmente, grande aceitação, e só mais tarde cerca de uma década a recuperaram em França, espalhando-se por todo o mundo.
A década de quarenta assinalou o desenvolvimento para as primeiras técnicas, para o uso da bengala, tal como a proporção do comprimento com a estatura do utilizador. Principiaram também as experiências no campo da electrónica, mas só mais tarde trinta anos foi comercializada a primeira bengala da nova tecnologia. Mas, ainda hoje, a bengala electrónica face aos elevados custos, não tem uma utilização significante, tanto em Portugal como nos demais países.
Ignora-se a data em que começou a utilizar-se o cão como guia, sabendo-se que um padre alemão terá treinado o primeiro ainda no século XIX, mas sem grande adesão, pelo que só em 1930, e nos Estados Unidos, teve início o treino intensivo dos chamados "seeing eye dog" (cão com olho que vê). Consoante pode ler-se num texto da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal), " o fascínio pelo cão e a surpresa pela sua habilidade para auxiliar a pessoa cega na locomoção fazem com que o cão-guia seja ao mesmo tempo atractivo para os próprios cegos e tenha grande visibilidade junto da opinião pública".
Por certo que a celebração de mais um "Dia Mundial da Bengala Branca" visará primordialmente, a socializacão, realização e integração das pessoas com deficiência visual, procurando despertar a sociedade para as questões de igualdade de oportunidades, a necessidade de eliminar tudo quanto possa constituir-se como barreira para a sua autonomia. Tendo por certo à cabeça tudo quanto condiciona a mobilidade, como sejam as barreiras arquitectónicas, o mau estacionamento dos veículos, não raro sobre os passeios, e a ocupação indevida dos espaços públicos.
(António Magalhães, in correio de Azemeis)


A publicação deste texto neste blogue, tem por objectivo prestar homenagem a todos os cegos, especialmente a uma pessoa cega com quem convivi durante muitos anos, que amei, que me ajudou a criar, que ajudou a criar o meu filho, a "TITI CEGA", para ti um grande beijinho.

1 comentário:

  1. Execelente ideia destacar este assunto. Acho muitíssimo importante chamar a atenção pois ainda há muitos obstáculos a eliminar!
    Bjs

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