terça-feira, 12 de julho de 2011

Donos da verdade?


Eles são de difícil trato! Conhecidos por pavio curto, não pensam duas vezes antes de explodir diante de qualquer contrariedade. Pior ainda se a sua opinião for diferente da deles. Pessoas que se consideram donas da verdade não poupam argumentos nem palavras para provarem que seu ponto de vista é sempre o certo.
São intolerantes, e são de um comportamento quaseo fanático quando a questão é fazer prevalecer o ponto de vista deles. Ao se acharem donos da razão, são como um trator que passa por cima de qualquer um e dificulta qualquer possibilidade de viver em paz com os que estão à sua volta.
Muitas vezes diante de situações de stresse a pessoa acaba mesmo tendo uma reação mais aguda. Mas é duro conviver com aqueles que explodem constantemente e pelas situações mais corriqueiras... É como viver pisando ovos e medindo palavras.
A impulsividade destas pessoas que se guiam pelo calor do momento, cegos pela raiva, e a vontade de estarem por cima, fá-los agir e falar sem pensar, semeando mágoa e discórdia. E deixam uma marca negativa por onde passam.
Amigos são artigos raros na vida deles.
Intransigentes e muito críticos, reagem à medida que não aceitam o ponto de vista alheio e as diferenças do outro. Se as pessoas não são como elas, então são erradas. Falta-lhes a compreensão oriunda da compassividade dos que sabem acolher amorosamente a diversidade que há no mundo.
Na vida há que se ter suavidade, doçura e leveza. Um coração que sabe conciliar estas características com sabedoria, flui pela vida com brandura. Respeita a opinião alheia e entende que a verdadeira realização não é provar nada pra ninguém, mas viver em paz consigo mesmo.

"Carolina Arêas"

terça-feira, 26 de abril de 2011

Rastreio e Tratamento do Cancro da Mama na Fundação Champalimaud

Acordo entre Estado e Fundação Champalimaud permite aumentar rastreio e tratamento de tumores da mama
Ministra da Saúde assinou hoje o protocolo com a fundação
O acordo entre o Estado e a Fundação Champalimaud vai permitir aumentar o rastreio, diagnóstico e tratamento dos doentes com cancro da mama, que poderão ser encaminhados para aquele centro de investigação a partir de junho.

A ministra da Saúde, que hoje assinou um protocolo com a Fundação, afirmou que o cancro da mama é uma das áreas prioritárias desta parceria, aumentando rastreios e melhorando diagnósticos.

“Se aumentarmos o rastreio, nomeadamente na região de Lisboa e Vale do Tejo onde o rastreio é muito incipiente, poderemos dar uma resposta muito maior, beneficiando as mulheres com um diagnóstico precoce”, declarou aos jornalitas.

O centro de investigação Champalimaud, que contará também com um hospital, poderá ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o diagnóstico e tratamento da doença, que é um dos tumores mais frequentes em Portugal.

No entanto, a ministra admite que ainda não está definido quanto é que cada doente encaminhado para a Fundação custará ao Estado.

“Depois terá de ser obviamente estabelecido os custos que o SNS gasta com o tratamento dos doentes, o que será feito instituição a instituição, com a supervisão da Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas”, disse a ministra.

Por definir está também a percentagem de doentes que podem ser encaminhados pelas unidades de saúde públicas para este centro privado.





26 de abril de 2011

Fonte: LUSA/SAPO

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mieloma Múltiplo

Tipos de Leucemia

MIELOMA MÚLTIPLO

Texto informativo para doentes
Dra. Ana Marques Pereira
Chefe de Serviço de Hematologia Hospital Garcia de Horta, SA

Introdução
Se o seu médico lhe disse que tinha Mieloma Múltiplo é natural que muitas dúvidas se levantem. Provavelmente nunca ouviu falar desta doença, ou mesmo se já teve conhecimento deste diagnóstico, não é bem claro que saiba de que doença estamos a falar. Não é de admirar, uma vez que se trata de uma doença rara. Na verdade a incidência desta doença na Europa anda à volta de 3 por 100.00 habitantes/ano. Isto quer dizer que em Portugal, que tem 10.000.000 de habitantes, se espera que haja num ano 300 novos casos desta doença. Alguns destes casos não chegam a ser diagnosticados. Felizmente não é o seu caso, o que permite ao seu médico prescrever-lhe a terapêutica adequada.
Vamos começar por responder a algumas dúvidas mais frequentes e depois
descreveremos mais em pormenor a doença.
Falaremos sobre o que o médico pode fazer pelo doente, mas também o que o doente pode fazer por si próprio, e esta é sempre a parte mais importante.
Depois de tomar conhecimento de alguns dados, vai poder, juntamente com a sua família, enfrentar alguns obstáculos e viver a sua vida da melhor maneira possível.

As principais dúvidas
1 – O que é o Mieloma Múltiplo?
É uma doença maligna da medula óssea, em que a célula alterada é o plasmócito. O plasmócito é uma célula da família dos linfócitos que tem a seu cargo a função de produzir umas proteínas especiais, que são as imunoglobulinas. Mas também tem outras funções: é ela que produz uma citocina (cito de célula e cina - significa movimento) que se chama Factor Activador dos Osteoclastos (FAO),que vai activar os osteoclastos que são células do osso, levando a lesões localizadas do osso.
Normalmente os plasmócitos na medula são em pequeno número (menos de 5%).Nesta doença os plasmócitos aumentam em número, de forma não controlada, e vão infiltrar a medula óssea. Ao fazê-lo vão levar ao aumento da produção das imunoglobulinas. É por isso que no sangue aparece um aumento das proteínas. Quando se fazem análises vê-se na electroforese das proteínas uma onda em pico a que se chama onda M (de Monoclonal) e que pode levar a suspeitar da doença.
Nalguns casos mais raros, parte dessas proteínas, as cadeias leves, são eliminadas em grande quantidade pela urina e não existe onda M no sangue. Chama-se Doença das Cadeias Leves (ou Doença de Bence Jones) e sobre ela falaremos mais à frente.

2 – Quem são as pessoas mais atingidas por esta doença?

O Mieloma Múltiplo atinge mais os homens do que as mulheres, mas a diferença entre ambos não é significativa.A doença ocorre mais frequentemente entre os 50 e os 70 anos, com um pico de incidência entre os 60 e os 65 anos. Apenas em 3% dos casos o doente tem idade inferior a 40 anos.

3 – Porque me apareceu esta doença?

Não se sabe porque aparece a doença. É provável que existam vários factores que se vão adicionando.

Podem existir alguns factores genéticos que tornem o doente mais susceptível ao aparecimento da doença. A exposição a alguns agentes ambientais, como substâncias tóxicas derivadas dos hidrocarbonetos, pode levar ao aumento de incidência da doença.
Não se provou que a exposição a substâncias radioactivas leve a um aumento de incidência desta doença. Por vezes numa família há vários doentes com Mieloma Múltiplo ou doenças semelhantes, mas não há provas de que se trate de uma doença hereditária.

4 – Como se manifesta o Mieloma Múltiplo?

Muitas vezes não há qualquer sintoma quando se diagnostica esta doença. Ao fazer análises de rotina podem se encontrar anomalias que façam pensar no diagnóstico. Quando o diagnóstico se confirma, diz-se que o doente está em fase assintomática.
Outras vezes o doente refere cansaço e as análises mostram existir uma anemia. O estudo dessa anemia pode levar ao diagnóstico. Pode também acontecer que o doente tenha uma infecção respiratória mais grave, uma pneumonia por exemplo. Este pode ser o primeiro sintoma.
Quando o doente faz análises encontram-se alterações sugestivas desta patologia.
Uma insuficiência renal de aparecimento súbito leva o médico a pedir-lhe análises de sangue e urina. São também as alterações encontradas que orientam na pista desta doença. Por vezes são as dores ósseas intensas e prolongadas que levam à realização de radiografias. Nesses exames encontram-se alterações que desencadeiam a investigação do mieloma. Vemos assim que não há um sintoma único, mas vários, que podem ser as manifestações iniciais da doença.
Aliás, o que caracteriza esta doença é a diversidade de sintomas tanto na fase inicial como depois na evolução. O Mieloma Múltiplo não é uma doença, mas várias, e enquanto uns doentes têm mais anemia, outros têm mais lesões ósseas, enquanto outros têm sobretudo alterações nas análises laboratoriais.

5 – Como se diagnostica esta doença?

Quando se suspeita desta doença e se quer confirmar o diagnóstico fazem-se análises ao sangue e à urina para provar a existência do aumento das proteínas de que falámos, as imunoglobulinas, ou de parte delas, as cadeias leves. Deve ser feito um exame à medula óssea com mielograma, isto é, uma punção aspirativa da medula óssea e eventualmente biopsia óssea.
É também necessário fazer várias radiografias aos ossos para excluir ou confirmar que existe doença óssea.
Alguns doentes têm uma única localização da doença, pelo que se diz que têm um Plasmocitoma Solitário. Nesse caso é necessário fazer uma biopsia desse local para termos a certeza deste diagnóstico.
Estes são os exames fundamentais, mas há outros que podem ser necessários, de acordo com a forma de apresentação, como acontece com a TAC (Tomografia Axial Computorizada) ou a RNM (Ressonância Nuclear Magnética). Outros exames, como a biopsia da gordura abdominal para excluir amiloidose, podem também ser úteis.
O seu médico decidirá, de acordo com a sua situação clínica, que exames são indispensáveis.

Tipos de mieloma

Existem várias doenças de plasmócitos. Ou para simplificar, existem vários tipos de Mieloma. Existe uma classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que ajuda o seu médico a classificar a doença.
Existe a Gamapatia Monoclonal de Significado Indeterminado (GMSI) que ainda não é Mieloma e na maior parte das vezes nunca o vem a ser. O doente não tem sintomas, tem apenas como alterações laboratoriais o aumento de uma imunoglobulina monoclonal. Nesse caso só precisa de fazer análises de 6/6 meses ou uma vez por ano.
Já falámos no Plasmocitoma Solitário. É uma localização única de plasmócitos num osso ou, mais raramente, fora dele. Neste último caso diz-se então que é um plasmocitoma extramedular. Depois do tratamento, que é a excisão cirúrgica nalguns casos, deve ser feita radioterapia. Depois do desaparecimento do plasmocitoma deve fazer-se vigilância periódica.
O Mieloma Assintomático e Indolente é uma fase muito inicial do Mieloma que não dá sintomas e que não precisa de tratamento. Apenas se existir doença óssea se justifica o tratamento adequado. O Mieloma de Cadeias Leves ou Doença de Bence Jones é uma situação clínica em que apenas uma parte das Imunoglobulinas está aumentada. Isto é, tanto no soro como na urina encontram-se cadeias leves livres K ou l. Tem uma evolução distinta, por vezes com doença óssea mais marcada. Existem vários tipos de Mieloma Múltiplo (MM) consoante o tipo de imunoglobulinas que estão aumentadas. Podem ser IgG, IgA ou, o que é discutível, IgM. Estas são as três Imunoglobulinas que temos no organismo. Mas uma parte das imunoglobulinas, as cadeias leves, também estão aumentadas. São duas: as cadeias K e as l. Nesta doença apenas uma delas pode estar aumentada, porque é uma doença monoclonal. Existem outras doenças de plasmócitos como a Leucemia de Plasmócitos, a Doença de Cadeias Pesadas e o Mieloma Osteoesclerótico, mas como são situações tão raras, não vamos falar delas.
Assim o seu médico vai classificar a doença pelo tipo de cadeia pesada e de cadeia leve. Esta classificação é como se acrescentássemos um apelido ao nome da doença. Por exemplo, MM IgGK ou MM IgA l, etc.

O estadiamento

Depois de classificada a doença é necessário saber qual o seu estádio. Isto quer dizer que através dos exames efectuados se pode avaliar o grau de progressão da doença e a sobrevivência.
Os critérios mais usados para estadiamento são os de Durie e Salmon, que existem desde 1975. Tendo como base o valor da Imunoglobulina, o número de lesões líticas e os valores da hemoglobina é possível classificar os doentes nos estádios I, II ou III.
Este estadiamento, para além do prognóstico, também ajuda o médico a tomar decisões terapêuticas. Mais recentemente surgiu um outro Sistema de Estadiamento Internacional (ISS) que tem como base os valores da ß 2-microglobulina e da albumina. Permite uma classificação em três estádios I, II e III, consoante os valores dessas análises.

O tratamento

Pode-se dizer que não existe, de momento, cura para esta doença. Isto é, não é possível dar-lhe um tratamento que faça a doença desaparecer para sempre.
Mas existem várias terapêuticas que controlam a doença. São tratamentos que, quando há boa resposta, fazem a doença regredir e ficar parada. Se tal acontecer pode ficar bem durante algum tempo, que é variável de doente para doente. Felizmente nos últimos anos o tratamento desta doença progrediu muito e poderá beneficiar desses avanços.

1 – Quimioterapia

A quimioterapia consiste na administração de medicamentos, chamados citostáticos, que têm capacidade para destruir as células malignas, que neste caso são os plasmócitos. Ao destruir os plasmócitos vão melhorar os sintomas da doença, como acontece com a anemia e as dores ósseas, mas também se pode observar uma melhoria no valor das análises.
Existem vários tipos de tratamento, que são feitos por ciclos, que duram vários dias e que na sua maioria podem ser feitos em ambulatório. O tipo de tratamento tem a ver com a idade do doente e com o facto de já ter ou não realizado outro tipo de terapêuticas anteriormente. Quase todos são repetidos ao fim de 3 ou 4 semanas. O número de ciclos nunca é fixo e depende da situação clínica concreta e da resposta ao tratamento.

2 – Efeitos secundários da quimioterapia

São variáveis de acordo com o tratamento. De um modo geral pode dizer-se que a quimioterapia não afecta só as células malignas, mas também as saudáveis, em especial as de crescimento rápido. Isto aplica-se às células do sangue, pelo que pode surgir anemia, baixa dos glóbulos brancos ou das plaquetas. Aplica-se também aos cabelos que podem cair (alopecia) de forma mais ou menos intensa consoante os medicamentos. Mas é uma queda sempre reversível. Isto é, cerca de três meses após a suspensão dos tratamentos o cabelo apresenta já um crescimento visível.
Outros aspectos a ter em conta são os relacionados com o tubo digestivo, em especial as náuseas, os vómitos e a perda de apetite. Para os primeiros existem medicamentos que os podem combater de forma eficaz. Fale com o seu médico se depois do tratamento sentir alguns destes sintomas. Ele pode mudar-lhe os antieméticos (medicamentos para os vómitos) para outros mais fortes. Quanto à falta de apetite há alguns truques alimentares de que falaremos mais à frente.

3 – Radioterapia

O Mieloma Múltiplo é uma doença sensível à radioterapia, o que significa que as radiações têm a capacidade de destruir os plasmócitos malignos.
As indicações para fazer radioterapiasão o alívio da dor óssea localizada que não cede a outras terapêuticas e o tratamento dos plasmocitomas solitários, quer estes tenham sido excisados cirurgicamente ou não. É um tratamento ambulatório, com sessões de curta duração, que duram um número de dias variável, de acordo com a dose total que se decidiu utilizar, a dosagem diária e a área a irradiar. É uma terapêutica bem tolerada pelos doentes, mas alguns doentes podem queixar-se de cansaço.

4 – Transplante de precursores hematopoiéticos

Após o doente ter feito uma quimioterapia de curta duração e obtido uma boa resposta, pode optar-se por fazer uma quimioterapia mais intensiva seguida de transplante autólogo de precursores hematopoiéticos. Vários estudos demonstram que este método permite obter respostas completas durante um tempo mais prolongado, do que utilizando apenas quimioterapia. O processo consiste na recolha de células precursoras hematopoiéticas do próprio doente, depois de estimulada a medula. O doente é sujeito a nova quimioterapia e recebe depois as suas próprias células. Para este efeito o doente necessita de estar internado e em isolamento, por um espaço de tempo variável, mas que é normalmente de algumas semanas.
Tem depois um período ambulatório de recuperação, podendo posteriormente retomar a actividade normal.

5 – Terapêutica biológica

É também conhecida por terapêutica modificadora da resposta biológica ou imunoterapia. Consiste na administração de substâncias fabricadas em laboratório, semelhantes a outras que são produzidas em pequenas quantidades pelo próprio organismo humano. A sua utilização tem por fim restabelecer as defesas naturais do organismo e controlar a doença maligna.
O Alfa-Interferão é o mais utilizado nesta doença. A sua administração destina-se a tentar manter o doente numa fase de estabilidade após ter efectuado outras terapêuticas. É administrada em injecções subcutâneas em dias alternados.

6 – O tratamento dos ossos (Bifosfonatos)

A doença óssea é a principal manifestação da doença e é responsável pelas queixas que mais perturbam o doente e lhe alteram o ritmo de vida. A forma de apresentação da doença óssea é variável de doente para doente e pode ir da osteoporose a lesões osteolíticas em vários ossos. Do mesmo modo é também variável a forma e a rapidez, com que evolui a doença óssea. A fragilidade dos ossos, nos casos mais avançados, pode levar a fracturas com movimentos bruscos ou traumatismos mínimos.
Para evitar a progressão da doença óssea devem fazer-se tratamentos periódicos com bifosfonatos. Há vários tipos de tratamentos mas os mais divulgados são os administrados por via endovenosa como o Pamidronato e o Zolandronato, que são feitos mensalmente. São muito bem tolerados e não provocam sintomas. Nalguns doentes e durante algum tempo podem também utilizar-se bifosfonatos por via oral (Clodronato).

Evolução e novos tratamentos

Nos últimos anos o prognóstico dos doentes com Mieloma Múltiplo melhorou muito porque surgiram novos medicamentos.
Falemos em primeiro lugar da Talidomida e dos seus derivados, que dentro de pouco tempo devem estar disponíveis. É um tipo de medicamento que impede o crescimento do tumor, sobretudo por ter efeito antiangiogénico, isto é, por impedir que cresçam os vasos que vão alimentar o tumor.
Tem contudo vários efeitos colaterais, sendo o mais grave a acção teratogénica, pelo que tem que ser vigiada a sua administração. A sua administração é feita por via oral e é possível controlar alguns dos seus efeitos indesejáveis. Pode ser tomado isolado ou associado a outros citostáticos ou a corticóides. Outro medicamento novo é o Bortezomib, que é um citostático. É administrado por via endovenosa e também é bem tolerado. Implica a ida ao Hospital de Dia várias vezes por ciclo, mas a sua administração é rápida. Pode também ser administrado sozinho ou associado a outros medicamentos.

O que pode fazer para melhorar a sua vida

1 – A alimentação

Durante a quimioterapia o seu apetite pode diminuir. Deve contudo esforçar-se por manter uma alimentação cuidada. Se tem dificuldade na deglutição procure tomar alimentos passados. Por exemplo em vez de um bife, porque não comer a carne raspada ou picada?
A sua alimentação deve ser variada por isso não se esqueça da fruta e dos legumes. Varie os legumes e descubra novas maneiras de os cozinhar. Coma sempre sentado à mesa. Mesmo que se sinta cansado esforce-se por se levantar e coma na sala. Procure comer os seus pratos preferidos, mas deve também aproveitar para experimentar novos pratos. Componha o prato de uma forma agradável, e ponha a mesa como se tivesse sempre visitas. Tem que ter em mente que «os olhos também comem».
Coma pausadamente e aprecie a comida. Durante o período da quimioterapia deve beber líquidos em quantidade (2 ou 3 litros por dia).Se gosta de água pode beber à vontade, mas lembre-se que existem outros líquidos deliciosos como o chá ou os sumos. Há imensos chás e pode até misturar várias qualidades para obter gostos diferentes. Vai ver que descobre um de que vai gostar mais.

2 – Aspectos emocionais

O diagnóstico da sua doença veio alterar a sua vida. Tem agora outros desafios para vencer. Tente adaptar-se da melhor maneira possível à nova situação.
Aproveite o seu tempo livre para fazer coisas de que gosta. Procure manter-se activo e evite estar sempre a pensar na doença. Uma atitude positiva vai ajudá-lo a ultrapassar os piores momentos. A sua família e os seus amigos têm agora uma boa oportunidade de mostrar como o apoiam. Seja receptivo a essas manifestações de afecto e amizade.
Lembre-se que há cada vez mais avanços no tratamento desta doença que lhe vão permitir viver mais tempo e com melhor qualidade de vida.

3 – Actividade física

A imobilidade agrava a doença óssea. Deve evitar estar acamado ou muito parado.
Deve fazer exercícios como andar a pé ou fazer natação. Deve evitar fazer exercícios violentos. Também deve evitar carregar pesos. Não se esqueça que os seus ossos são mais frágeis que os das outras pessoas e que a exposição a traumatismos pode com facilidade levar a fracturas.
No que respeita à sua vida sexual nem a doença nem o tratamento provocam alterações, pelo que poderá manter uma vida sexual idêntica à que tinha antes do diagnóstico. Com a evolução da doença é provável que experimente algumas dificuldades a que terá que se adaptar, do mesmo modo como terá que o fazer com outras actividades. Em caso de dúvidas fale com o seu médico.

4 – Vigilância

Nas fases de doença activa o seu médico vai-lhe pedir exames e prescrever terapêutica adequada. Mesmo em fases de doença estável irá ficar em vigilância periódica, embora mais espaçada. Ao doente cumpre-lhe estar atento para algumas alterações. Se se sentir mais cansado pode ter havido um agravamento da anemia. Nesse caso o seu médico vai prescrever-lhe umas injecções subcutâneas de Eritropoietina para o ajudar a ultrapassar essa fase.
Se a anemia for mais grave poderá mesmo ter que levar algumas transfusões de sangue. Pode também surgir febre. Evite expor-se a diferenças de temperatura e evite contactos com pessoas infectadas. Se surgirem sinais de infecção deve recorrer ao seu médico. Esteja preparado para alturas de agravamento da dor. Se for necessário deve tomar alguns analgésicos que o seu médico lhe receitou e que deve ter sempre em casa. Se mesmo assim a dor não ceder pode sempre pedir para ser visto numa Consulta da Dor, que existe em quase todos os hospitais, onde lhe podem dar medicamentos mais fortes.

Legislação

Tratando-se de uma doença do foro oncológico, estão previstas na lei algumas benesses, em que se inclui a isenção de pagamento de consultas e exames no Hospital.
Deve pedir ao seu médico um relatório clínico para entregar ao Delegado de Saúde da sua zona a fim de ficar também isento do pagamento de exames no exterior. Ser-lhe-á atribuída uma taxa de incapacidade, de que poderá beneficiar para efeitos de IRS e do pagamento de selo do carro (apenas em algumas cilindradas). Para obter informação mais pormenorizada leia o Decreto-Lei nº 54/92 – Artigo nº2.

APCL (Associação Portuguesa Contra a Leucemia)

domingo, 30 de janeiro de 2011

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Menina de 3 Anos Vence Cancro da Mama


Aleisha Hunter tinha uma infância igual à das outras meninas de três anos. Até ao dia em que as dores fortes que sentia num inchaço no peito esquerdo, que a impediam de dormir, a levaram ao Hospital Pediátrico de Toronto.
Após vários exames, os médicos diagnosticaram cancro na mama à menina canadiana. O nódulo já atingia dois centímetros e tinha surgido cinco meses antes, em Dezembro de 2008, quando Aleisha tinha apenas dois anos. "Não consegui aceitar o diagnóstico", recorda a mãe, Melanie. Os médicos decidiram avançar para a mastectomia e para a remoção de 16 nódulos linfáticos. Agora, aos quatro anos, Aleisha está recuperada e já tem noção do que sofreu. "Tive cancro na minha maminha e os médicos trataram-na. Sei que o cancro pode levar algumas pessoas para o céu, mas estou melhor agora", disse a menina, citada pelo jornal britânico ‘News of the World’. Aleisha tornou-se na mais jovem vítima de cancro da mama.
Notícia do Jornal Correio da manhã

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tempo de Natal!


Natal está a chegar e com ele os tradicionais jantares de confraternização!
São os jantares com os colegas da empresa, da secção, da escola, da sociedade de um qualquer jogo, ou de simples amigos que não se vêem há muito tempo e querem saber novidades, até aqui tudo bem!...Viva o Natal e o seu espírito solidário!
Mas, também não faltam os jantares de falsos amigos que apenas querem fazer parecer que tudo está bem, que são boas pessoas, que se servem de meia dúzia de pobres de espírito para elaborar esquemas maquiavélicos durante o Ano Novo que se aproxima. Cuidado com estes amigos e com estes jantares, eles estão a proliferar, tenham os olhos bem abertos e não se deixem manipular, pois isto não faz parte do espírito desta quadra.
Sejam felizes e Bom Natal.

Maior Exposição "Lego" do País

Estarreja acolhe a maior exposição LEGO do país
Estarreja acolhe, a partir de hoje, a maior exposição LEGO do país. A mostra pode ser apreciada no Pavilhão Municipal, junto ao Parque do Antuã

“Um mundo de sonho… com a LEGO” é o nome da maior exposição de brincadeira da história de Portugal, que se realiza em Estarreja, a partir de hoje até dia 20, no Pavilhão Municipal da Cidade, junto ao Parque do Antuã.
Um evento que espera acolher numerosos aficionados da marca de jogo dinamarquesa, desde miúdos a crescidos, unindo diversas gerações com uma dupla finalidade: “dar uso à imaginação” e, no caso dos adultos, “reviver as recordações da infância”.
Nesse sentido, espera-se a visita de mais de 1.500 alunos das escolas do concelho do ensino pré-escolar e do 1.o ciclo, a partir de hoje até sexta-feira, e, também, no dia 20. No fim-de-semana, a exposição será aberta ao público geral.
Cidades construídas com combinações infinitas e tijolos de diferentes cores dão vida a pessoas e cenários reais. Aeroportos, estações de comboios, aviões ou piratas misturam-se com alguns conjuntos temáticos onde estão representados o Indiana Jones, os personagens de Star Wars ou a Atlantis, todos transformados em brinquedos diminutos ao longo de 400 metros quadrados, o que faz desta mostra um evento único no país.
(Ler artigo completo na edição em papel)

Rebeca Plaza

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vinho "Rosa Esperança"



No próximo dia 30 vai ser apresentado o “Rosa Esperança”, um vinho cujo principal objectivo é chamar a atenção para a luta contra o cancro da mama. O lançamento, da responsabilidade da companhia de teatro “Quem Não Tem Cão” e do movimento “Rosa Esperança – Projecto Mulheres e o Cancro da Mama”, terá lugar a partir das 18h no Bairro Alto Hotel, em Lisboa.
Este vinho, um tinto produzido na Península de Setúbal a partir das castas Cabernet Sauvignon e Castelão, foi oferecido pela Casa Ermelinda Freitas ao movimento “Rosa Esperança”. O rótulo foi elaborado pelo designer Paal Myhre e contém o nome de várias mulheres que travaram a batalha contra o cancro da mama.
Contactado pelo mariajoaodealmeida.com, o responsável pelo projecto “Rosa Esperança”, Rui Germano, explicou que a iniciativa começou há dois anos, quando decidiu chamar a atenção para a doença na sequência do falecimento de uma amiga. «Como tinha um teatro, a companhia “Quem Não tem Cão”, aproveitei e decidi fazer uma coisa diferente das campanhas normais, com produção fotográfica de gente famosa», adiantou. A iniciativa arrancou assim com uma peça de teatro itinerante, no ano passado, que envolve a participação de sete mulheres que sofreram de cancro da mama e da actriz Simone de Oliveira, sendo o guarda-roupa da responsabilidade dos estilistas portugueses João Rolo, Augustus, Fátima Lopes, Cristina Lopes, Luís Buchinho, Rafael Freitas e Nuno Gama. Depois de uma paragem forçada, devido à recidiva de uma das participantes, a peça regressa este fim-de-semana à estrada em Rio Maior. O movimento promove ainda os “Encontros Rosa Esperança”, pic-nics cujo objectivo é reunir mulheres em partilha de experiências e informação. Num curto-prazo, o projecto vai também lançar uma fotografia única, com grandes dimensões (5m x 2,30 m), que pretende chamar a atenção para este problema de saúde.
O lançamento do vinho “Rosa Esperança” é a mais recente iniciativa do projecto e surge, segundo Rui Germano, depois de se verificar uma identidade já muito própria. «Decidimos por isso procurar a Casa Ermelinda Freitas, para lançar este vinho». O “Rosa Esperança” estará disponível a partir do dia de lançamento e poderá ser pedido junto da “Quem Não Tem Cão”, através do e-mail rui.germano@sapo.pt.

(publicado por Maria João Almeida)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Caminhada Contra o Cancro da Mama


Pequenos Passos, Grandes Gestos" pela prevenção do cancro da mama


No próximo dia 30 de Outubro, Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro através da sua Unidade de Voluntariado e do Movimento Vencer e Viver irão realizar pelas 15 horas a Caminhada Pequenos Passos, Grandes Gestos, que abrangerá as cidades de Aveiro, Castelo Branco, Leiria, Guarda e Viseu.

Esta iniciativa tem como principais objectivos, a sensibilização da comunidade para a importância da prevenção e da detecção precoce do cancro da mama; o reforço da divulgação da Liga Portuguesa Contra o Cancro e, particularmente, de cada extensão local do Movimento Vencer e Viver (movimento de apoio à mulher, familiares e amigos desde o momento em que é diagnosticado um cancro da mama); bem como a angariação de fundos destinados ao apoio a doentes oncológicos.

Trata-se de uma iniciativa inovadora em Portugal, ao decorrer simultaneamente em cinco cidades, a da qual se pretende dar continuidade nos próximos anos. Será realizada mediante uma inscrição, que dará acesso a um kit, no valor de 3€, a reverter inteiramente para o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Aveiro – partida: Largo da Estação ferroviária - Informações: 916074814
Castelo Branco – partida: Praça do Município - Informações: 918457451
Guarda – partida: Largo do Chafariz de Sto André - Informações: 918535381
Leiria – partida: Largo de Sto. Agostinho - Informações: 918457441
Viseu – partida: Rossio - Informações: 918457476
A concentração em cada uma das localidades será às 14h e as caminhadas terão início pelas 15h.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

"Bicho Maldito"

Mais uma vez o bicho atacou sem dó nem piedade!... Agora levou um amigo nosso que de há um ano para cá vinha a travar uma luta desigual com esse monstro.
Faleceu ontem às 22 horas vítima de cancro na laringe.
Lutou, teve esperança, fé e coragem, mas de nade lhe valeram...Os últimos dias foram de grande sofrimento. Vai a sepultar amanhã pelas 17 horas no cemitério de Pardilhó. Um abraço e obrigada por tudo.
Descansa em páz.
Isabel e Quim

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

II Encontro Rosa Esperança


II ENCONTRO ROSA ESPERANÇA
19 de Setembro – 10.00h
Nascentes do Alviela – Alcanena
Todos devem trajar de Branco e Rosa!

Rosa Esperança está de volta aos palcos e para iniciar a “rentrée” nada melhor que um grande Encontro. Traga a família e os amigos e junte-se a nós.A levar:
· Família e amigos
· Merenda
· Mesa e cadeiras (quem tiver)
· Boa disposição
O que Fazer:
· Comes e bebes
· Convívio
· Passeio pedestre (facultativo)
· Praia fluvial (facultativo)
· Visita ao Centro de Ciência Viva (facultativo)*
Infra-estruturas no local:
· Praia fluvial
· Parque de merendas
· Parque Infantil
· Campo de jogos
· Centro de Ciência Viva
· Percurso pedestre
· Café-bar com esplanada
· Sanitários
· Estacionamento

Como Chegar:
As nascentes do Alviela (Olhos d´Água) situam-se no concelho de Alcanena, distrito de Santarém.
Pela A1: saída 7 - Torres Novas/Alcanena. Atravessar Alcanena seguindo na direcção de Alcanede. Virar na rotunda onde está indicada a praia fluvial e o CCVA ou Carsoscópio.
Coordenadas GPS:
39°26'37.90"N
8°42'39.65"W

domingo, 22 de agosto de 2010

Amizade!


O que importa não são a quantidades de Amigos que a gente tem, mas sim o momento em que passamos a ser importantes para eles!...


O que está publicado já não se apaga, foi dito, foi dito!
São 0h e 30m do dia 23/8, e eu sabia que era importante para os meus Amigos...afinal não apareceram à tarde conforme o combinado mas o dia não acabou sem que aparecessem! Eram 22h e pouco quando me barraram a entrada e eu fiquei muito contente! Sabem de quem falo? Adivinhem! Turbo & Companhia, que é como quem diz Cinda e Margarida, fora os apêndices!...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E Vão Três!

Faz hoje precisamente 3 anos que ocorreu a minha mastectomia.
É uma data que não consigo esquecer e que lembro cada minuto desse dia como se o tivesse vivido hoje!
Até agora as coisas vão correndo bem, esperemos que assim continuem a correr, porque o importante é estarmos cá, e já só faltam 2 anos.
Nunca é demais agradecer a Deus esta segunda oportunidade que me deu.
Agradeço também a todos quantos durante este tempo me têm ajudado quer com a sua amizade, o seu carinho, os seus depoimentos, tudo isso é muito importante.
Beijinhos para todos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010


O ator e encenador António Feio morreu esta quinta feira, às 23h40, no Hospital da Luz, em Lisboa, onde se encontrava internado desde a passada terça feira, na Unidade de Cuidados Paliativos, segundo informou hoje a produtora UAU através de um comunicado.
António Feio sofria de cancro do pâncreas, doença contra a qual lutava desde Março de 2009. Corajoso e determinado, combateu a doença com todas as armas que teve ao seu alcance e foi já doente que encenou Vai-se Andando e uma versão de Auto da Índia, de Gil Vicente.

O público lembrar-se-á sobretudo da personagem Toni que compôs em Conversa da Treta, ao lado de José Pedro Gomes, com quem formou uma dupla de sucesso na comédia.

Para além do teatro, onde passou por diversas companhias, António Feio trabalhou ainda na televisão, não só como ator (foi marcante o papel de toxicodependente que desempenhou na novela portuguesa Origens) mas também fazendo traduções e dobragens. A publicidade, os folhetins na rádio e o cinema integram igualmente o seu currículo.

No último mês de Março, António Feio foi condecorado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, tornando-se comendador da Ordem do Infante. Nasceu em Lourenço Marques a 6 de Dezembro de 1954.

António Feio tinha quatro filhos: Bárbara e Catarina, frutos do seu casamento com Lurdes Feio, e Sara e Filipe, da sua relação com a atriz Cláudia Cadima. Em Maio deste ano nasceu Dinis, o seu primeiro neto, filho de Bárbara, a sua filha mais velha. Foi o próprio ator quem avançou a notícia através da sua página do Facebook: "Desde as 1h48m sou avô!!! É lindo o Dinis ou não fosse Feio!!! 2.975K!!! A mãe e o pai estão radiantes!!!".

*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
"artigo retirado da revista caras"