Poucos sabem quem é Domingos Joaquim da Silva. Nascido em Salreu a 27 de Novembro de 1824, filho de Joaquim da Silva e de Maria do Rosário, rumou para o Brasil com apenas 16 anos. Não sabia ler nem escrever, apenas desenhava o seu nome, o que não o impediu de ser um grande empresário!
Chegado ao Brasil, começou por desempenhar actividades ligadas ao comércio e à indústria. A sua vontade de subir na vida, levou-o em 1880 a trabalhar por conta própria no ramo da construção . Em 1887 adquiriu uma serrelharia no bairro de S. Cristóvão, registando assim, a sua primeira firma individual. Face à sua grande dedicação ao trabalho, conseguiu ampliar o seu pequeno negócio, passando em 1894 a sociedade limitada e em 1929 a sociedade anónima.
Em 1906 casou-se com Maria de Jesus Nunes Fonseca de quem viria a ter dois filhos: Maria Maltilde da Fonseca da Silva e Joaquim Nunes da Fonseca da Silva, ambos nascidos no Brasil.
Porém, segundo o livro "Nobreza de Portugal e Brasil" escrito pelo Visconde de Salreu, teve dois filhos ilegítimos: Domingos e Olga.
Paralelamente ao seu desenvolvimento familiar, Domingos Joaquim da Silva foi também desenvolvendo a sua empresa "DOVA", sendo mesmo considerado um dos mais destacados impulsionadores do ramo da construção no Rio de Janeiro, no início do século XX. A "DOVA" era uma das mais modernas serrações da época, com carpintaria e marcenaria, toda importada da Alemanha e Inglaterra, além de possuir uma frota de navios e camiões para movimentação dos produtos.
Ao longo da sua vida, este salreense deixou o seu nome ligado a grandes empreendimentos no Brasil e em Portugal, sendo a empresa por si dirigida, considerada a maior da América do Sul, no sector de madeiras.
Após a sua morte, o seu filho mais novo, Joaquim Nunes da Fonseca da Silva, continuou os negócios do pai, alargando o sector de actuação à siderurgia.
Ainda hoje existe a empresa "DOVA", com várias filiais por todo o Brasil, pertencendo ainda aos descendentes de Domingos Joaquim da Silva.
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